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Brasil é alvo global de ciberataques

2 de fevereiro de 2021

Embratel, Dasa e Microsoft discutem ano mais desafiador da segurança, com país concentrando quase 50% dos ataques ‘ransomware’ na América Latina.

Brasil é alvo global de ciberataques

Se formassem uma corporação, cibercriminosos seriam três vezes maiores do que um grupo do porte do Walmart, varejista com 11 mil lojas no mundo. A empresa Atlas VPN estima os lucros anuais provindos de ataques em US$ 1,5 bilhão. Os ganhos dessa “indústria” crescem 15% ao ano, segundo a Cybersecurity Ventures. 2020 é visto inclusive como marco no avanço do cibercrime e na elevação no padrão de exigência da segurança digital.

Divulgado agora em dezembro, o estudo conjunto da McAfee e do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) indica o tamanho do desafio. O levantamento diz que a cibercriminalidade terá um impacto de US$ 1 trilhão na economia global em 2020, 50% mais do que o atingido em 2018.

O Brasil tem indesejado protagonismo nesse cenário. De acordo com levantamento da desenvolvedora de softwares Kaspersky, fomos um dos países com mais casos no mundo de ataques ransomware, durante o período da pandemia, em uma amostra de 30 mil tentativas. Um dos mais lucrativos, esse cibercrime é caracterizado pelo sequestro de dados de empresas, que só são liberados mediante resgate pago aos criminosos.

Outro relatório Kaspersky indica que aconteceram na América Latina 1,3 milhão de tentativas de ransomware entre janeiro e setembro, média de cinco mil por dia, sendo 46,7% contra alvos apenas no Brasil. Ataques no trimestre final de 2020 a importantes órgãos da Administração Pública e grandes empresas no país reforçam o alerta.

“Por causa da pandemia, tivemos que nos reorganizar. Muita gente deixou de trabalhar no escritório para trabalhar em casa. Não necessariamente, quando estamos em casa, temos todas as medidas de segurança. Muda a arquitetura do trabalho, e a rede. Não é por acaso que a pandemia de saúde gerou uma epidemia de incidentes de cibersegurança”, avaliou Ronaldo Lemos, advogado especialista em tecnologia e segurança digital, na abertura da segunda live da série “Vamos criar juntos o próximo nível?, que discutiu justamente o complexo cenário atual da cibersegurança, em 18 de novembro. O evento é uma parceria da Embratel com o Valor Econômico.

Transmitido pelas redes sociais do Valor e da Época Negócios, o debate contou com Mário Rachid, diretor executivo de Soluções Digitais da Embratel, Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, e Alexandre Domingos, superintendente de Segurança da Informação da Dasa, maior grupo de medicina diagnóstica da América Latina. A mediação foi de Ronaldo.

Para Alexandre, a dúvida não é se uma organização vai receber um ataque, mas quando. “É questão de tempo. Toda empresa vai sofrer ou está sofrendo neste momento com algum tipo de ação criminosa.”.

Além da explosão inédita de ataques cibernéticos, os debatedores apontaram outros pontos que fazem de 2020 o ano mais desafiador para segurança digital no Brasil: crescimento vertiginoso do e-commerce, entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e chegada do meio de pagamento Pix.

A presidente da Microsoft lembrou que segurança e privacidade de dados estão entre as dez maiores ameaças às empresas, na visão do Fórum Econômico Mundial.

“Toda corporação, grande, média ou pequena, precisa pensar: quando as lideranças conversaram sobre privacidade e segurança? Onde esse assunto se posiciona dentro da estratégia de negócios? Qual o orçamento dedicado a esse assunto?”, pontuou Tânia, ressaltando que as questões indicam o grau de maturidade da organização.

Rachid alertou para a importância de todas as áreas da empresa estarem envolvidas. “A segurança não pode travar os negócios, mas eles não podem acontecer sem ela.”

EDUCAÇÃO

Além de estratégia personalizada de proteção e tecnologia avançada, os especialistas ressaltaram que é preciso criar uma cultura voltada para a segurança no Brasil.

“O avanço tecnológico é fantástico, nós não podemos retroceder, temos que avançar. Precisamos educar empresas e a população para serem mais exigentes com o tipo de empresas com o qual vão se relacionar. E também que fiquem mais atentos para não cair num golpe de uma fakenews ou de phishing”, defendeu Tânia, citando o cibercrime que costuma usar mensagens falsas para roubar dados pessoais.

Live Embratel — Foto: Divulgação

O executivo da Dasa apontou a LGPD como grande oportunidade para inovar. “Acreditamos na gestão de risco. Para proteger o ambiente dentro desse cenário altamente exposto com vários incidentes, em que precisamos garantir a privacidade dos dados dos nossos clientes e a continuidade dos nossos negócios.

Prevenir, educar, monitorar, mitigar e comunicar são os cinco pontos primordiais para uma boa segurança digital, na visão de Rachid. “Se você começa um negócio hoje pensando nisso, a chance de ter um problema lá na frente é muito menor. O próximo nível é esse: trabalharmos melhor em todos esses aspectos no início”, concluiu o executivo da Embratel.

LGPD: COMO SE ADEQUAR

Levando a privacidade das informações pessoais do cidadão à era digital, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é um grande desafio para as empresas, que podem ser punidas com multas que vão até 2% do faturamento, com teto de R$ 50 milhões. Por outro lado, a LGPD também é uma oportunidade de inovação nos negócios.

Para apoiar as organizações a se adequarem à legislação, colhendo todos os seus benefícios, a Embratel preparou um e-book especial com informações completas sobre a lei. Acesse aqui.

fonte: https://valor.globo.com/patrocinado/embratel/juntos-no-proximo-nivel/noticia/2020/11/30/video-especialistas-apontam-como-vencer-desafios-da-ciberseguranca.ghtml

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